quarta-feira, 4 de junho de 2008

O grande dia

Domingo, 1 Junho de 2008, estou no meio da muvuca para a largada da Maratona Internacional de São Paulo, estou junto com mais alguns amigos da Play que também iria encarar esse desafio, uns já pela segunda vez e outros estavam debutando nessa prova assim como eu.
Foi dada a largada e eu resolvi ir em um ritmo bem tranqüilo para que não tivesse problemas mais a frente, vieram os primeiros 10km sem nenhum problema, na marca dos 20km encontrei com o pessoal de apoio da Play que estavam dentro da USP, segui sem problemas até o 27km, nesse momento eu começo a sentir as minhas pernas um pouco pesadas e duras, acho estranho mais vou em frente.
Vejo a placa de 30km, aí pessoal começa a minha verdadeira aventura, as minhas pernas que antes estavam ficando duras, agora elas começam a sofrer de cãibras bem na coxa, e ora em uma perna, ora em outra, nessa hora começo a andar um pouco para aliviar o incomodo, no 31km encontro com o Ricardo (presidente da Playteam) ele me dá forças e me disse umas palavras muito legais, “olha, lá na frente é o 32km, a tenda de apoio está lá te esperando, forças porque depois são só 10km e essa distância você está cansado de fazer, força garoto”, isso foi muito bom e lá vou eu encontrar com o pessoal de apoio, eles também foram muito atenciosos comigo.
Bem e lá ia eu, ora caminhando por causa das cãibras, e quando elas passavam eu tentava correr, porque aquilo que eu estava fazendo não podia considerar nem um trotinho.
Eu estava correndo com o celular, pois por exigência da minha esposa que tinha ficado em casa, ela estava me ligando para saber como eu estava, em uma das ligações dela, ela me perguntou aonde eu estava e que eu continuasse firme pois ela estava me esperando na tenda da Play, isso foi uma emoção enorme para mim, afinal de contas, eu tinha saído de casa e ela tinha ficado dormindo, essa notícia foi a glória para mim, agora eu só pensava nela me esperando e eu não podia decepcionar ela.
Mais só eu sabia como estava difícil dominar as cãibras, bem fui nessa tocada, até o 41km, quando encontrei os meus anjos da guarda, o Nelson e Carlos NanoPlay, eles fizeram a corrida de 10km e estava no apoio buscando todos os integrantes da equipe que estavam na maratona, e nesse momento só estava faltando eu chegar da Play, todos já tinham completados a prova, bem eles nem deram forças e me acompanharam, o Nelson e o NanoPlay me dizia palavras de muito apoio e incentivo, eu juro que tirei forças não sei de onde e comecei a imprimir um ritmo mais forte, claro que com um grande medo das cãibras aparecerem e eu não conseguir completar, mais eu lembrava que a minha esposa estava me esperando e por isso eu tinha que chegar correndo.
Já perto do pórtico de chegada, vejo a minha esposa e ainda tenho forças para lhe mandar beijos, nessa hora o Nelson me diz “olha, eu quero você dando um sprint final e chegando na frente desse pessoal estava chegando também, vamos lá, força que essa é a hora”, e lá vou eu acelerando, passo essas pessoas e cruzo o pórtico de chegada.
A minha primeira reação é agradecer e muito a esses dois anjos da guarda que me socorreram quando eu mais estava necessitado, depois e pegar a tão suada e dolorida medalha e dar um grande beijo na minha esposa.
Conclui a prova em 5:08:15, um tempo muito acima do que eu estava querendo, mais ainda sim eu tinha completado o percurso, fui o último atleta da PlayTeam a completar a maratona, apesar do tempo alto esse gosto ninguém me tira e agora posso dizer: SOU UM MARATONISTA.
Quero agradecer a todo o pessoal de apoio da Play, vocês foram demais, agradeço também novamente aos meus anjos na maratona, Nelson e NanoPlay pois sem vocês naquele momento seria difícil para mim completar e um agradecimento todo especial a minha esposa que a amo muito, todos vocês tem um pedaço dessa medalha ganha por mim.
Um grande abraço e até a próxima.


Meus anjos, Nelson e NanoPlay





Na chegada


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