Olá pessoal, aqui estou para contar sobre a minha participação na 15ª edição da Maratona Internacional de São Paulo, essa edição teve a prova tradicional de 42K, a de 10K e neste ano a prova de 5K não teve, mais em seu lugar teve a distância de 25K.
Todas as distâncias largaram do mesmo ponto, ou seja, da Ponte Estaiada na Av. Jornalista Roberto Marinho, sendo que as provas de 10K e a de 42K, terminavam como é tradicionalmente no Parque do Ibirapuera e já a prova de 25K terminava dentro da USP.
O dia amanheceu um pouco nublado que para todos os corredores era um bom sinal, a largada foi sendo feita por etapas, primeiro foi os atletas com deficiência, após foi a vez da elite feminina da maratona e as 8:58 horas foi dada a largada para a elite masculina da maratona e para todas as demais distâncias.
E lá estava eu no meio da muvuca dos que iriam correr os 42.195 metros da maratona, apesar de ter consciência de não ter feito uma preparação adequada para a prova eu tinha uma certa confiança de ir bem na prova, pois há uma semana atrás tinha participado da prova de 25K da Corpore e tive um desempenho para mim excelente, além de ter terminado a prova inteira, sem nenhum comprometimento.
Sendo assim, apesar de ter a consciência que o tempo era o que menos importava para mim, mais no fundo todo mundo traça como meta, um tempo em que quer terminar determinada prova e eu não fui diferente, tinha traçado para mim um tempo entre 4:30 horas e 4:50 horas, que para mim seria excelente e sendo assim lá fui eu tentando me controlar tanto no ritmo como no emocional, pois eu estava um pouco nervoso em virtude de saber que a minha esposa e a minha filha estava me esperando na chegada, e no caso da minha filha, seria a primeira vez que ela estaria me esperando ao término de uma prova e na minha cabeça eu não poderia decepciona-la.
O grande inconveniente da Maratona de São Paulo é que os organizadores colocam os corredores de 25K e 10K para largarem depois do pelotão que irá correr a maratona, então pessoal vocês conseguem imaginar como esse pessoal que irá fazer uma distância bem mais curta vem atropelando o pessoal que irá fazer os 42K, fica difícil ter que aturar os empurrões e as cotoveladas desse pessoal.
Com relação a mim, fui tentando segurar o ritmo e indo, fechei os 10K em 58 minutos, um tempo um pouco alto para quem tem ainda mais 32K pela frente, e fui seguindo em frente e já nos 21K eu passei com 2:02:32 e estava bem e sentindo que iria conseguir fechar no tempo pretendido.
No 21K o percurso já se encontra dentro da USP e só quem correu essa prova sabe como é horrível quando se entra na USP, um percurso cheio de vai e volta e uma grande monotonia, apenas em alguns momentos existe o apoio das equipes, mais fora isso é você e a sua cabeça.
E é exatamente nessa hora que o corpo começa a sentir e a dar sinais de cansaço e fraqueza e com esse estado de cansaço e fraqueza eu chego no 30K com 3:18 horas e penso, falta apenas 12K, eu acredito que dá para chegar no tempo previsto e lá fui eu.
Mais devido as enormes câimbras que eu senti na prova do ano passado eu estava com receio que as mesmas aparecessem e em muitos para que isso não acontecesse comecei a andar em alguns momentos da prova para que eu pudesse respirar e aliviar a musculatura da perna, eu andava de forma rápida, mais estava andando.
No 36K as temíveis câimbras começam a querer aparecer no joelho direito e na coxa esquerda, paro de correr e caminho e vou nesse ritmo, quando sentia alivio na musculatura e corria e quando sentia que ela iria começar a se contrai, eu caminhava.
Nessa altura eu já estava no 38K com o meu relógio marcando 4:23 horas, e pensei imaginei que ainda dava para terminar no tempo previsto, afinal era só 4K que faltava, mais aí as pernas não quiseram me ajudar e as ameaças de câimbras se tornaram constantes, não chegava a vir com uma intensidade forte, mais elas se faziam presentes para que eu não esquecesse que se tentasse ir mais forte, elas iriam chegar para valer.
Nesse momento sinto que a minha previsão não será cumprida, mais ainda tenho que dar o orgulho da minha filha me ver chegando no final correndo e chego no 41K, nessa hora recebo o apoio de um membro da minha equipe, a Playteam , o Miro veio me buscar nessa altura do percurso e me disse que tinha vindo me buscar por um pedido da minha filha, nesse momento as pernas parecem que resolveram me ajudar e segui firme para concluir a prova, a pouco mais de 500 metros da chegada vejo a minha esposa e a minha filhas, elas tentam correr comigo mais a minha filha não agüenta, foi muito emoção para mim e com esse sentimento grande de orgulho para a minha família eu fecho a prova com 5:04:58, não foi o tempo que eu pretendia, mais ainda sim foi melhor que o tempo do ano passado e principalmente, acabei sem câimbras e de certa forma bem.
Depois foi só respirar fundo, receber a minha medalha e dar um grande abraço e muitos beijos na minha esposa e na minha filha.
Como disse pessoal, a gente parte para uma prova com certas expectativas, mais as vezes somos traídos por certos acontecimentos, mais ainda sim fico muito feliz com a minha prova e ainda mais por ter conseguido chegar até a linha de chegada, afinal como a temperatura durante a prova esteve entre 22 e 23 graus, muitos foram os atletas que ficaram pelo caminho com câimbras ou por problemas dos mais diversos, sendo assim fico feliz com a minha participação nessa 15ª Maratona Internacional de São Paulo e quero agradecer a todos as pessoas que me desejaram uma boa prova, agradeço de coração a todos.
Abaixo segue algumas fotos:
Todas as distâncias largaram do mesmo ponto, ou seja, da Ponte Estaiada na Av. Jornalista Roberto Marinho, sendo que as provas de 10K e a de 42K, terminavam como é tradicionalmente no Parque do Ibirapuera e já a prova de 25K terminava dentro da USP.
O dia amanheceu um pouco nublado que para todos os corredores era um bom sinal, a largada foi sendo feita por etapas, primeiro foi os atletas com deficiência, após foi a vez da elite feminina da maratona e as 8:58 horas foi dada a largada para a elite masculina da maratona e para todas as demais distâncias.
E lá estava eu no meio da muvuca dos que iriam correr os 42.195 metros da maratona, apesar de ter consciência de não ter feito uma preparação adequada para a prova eu tinha uma certa confiança de ir bem na prova, pois há uma semana atrás tinha participado da prova de 25K da Corpore e tive um desempenho para mim excelente, além de ter terminado a prova inteira, sem nenhum comprometimento.
Sendo assim, apesar de ter a consciência que o tempo era o que menos importava para mim, mais no fundo todo mundo traça como meta, um tempo em que quer terminar determinada prova e eu não fui diferente, tinha traçado para mim um tempo entre 4:30 horas e 4:50 horas, que para mim seria excelente e sendo assim lá fui eu tentando me controlar tanto no ritmo como no emocional, pois eu estava um pouco nervoso em virtude de saber que a minha esposa e a minha filha estava me esperando na chegada, e no caso da minha filha, seria a primeira vez que ela estaria me esperando ao término de uma prova e na minha cabeça eu não poderia decepciona-la.
O grande inconveniente da Maratona de São Paulo é que os organizadores colocam os corredores de 25K e 10K para largarem depois do pelotão que irá correr a maratona, então pessoal vocês conseguem imaginar como esse pessoal que irá fazer uma distância bem mais curta vem atropelando o pessoal que irá fazer os 42K, fica difícil ter que aturar os empurrões e as cotoveladas desse pessoal.
Com relação a mim, fui tentando segurar o ritmo e indo, fechei os 10K em 58 minutos, um tempo um pouco alto para quem tem ainda mais 32K pela frente, e fui seguindo em frente e já nos 21K eu passei com 2:02:32 e estava bem e sentindo que iria conseguir fechar no tempo pretendido.
No 21K o percurso já se encontra dentro da USP e só quem correu essa prova sabe como é horrível quando se entra na USP, um percurso cheio de vai e volta e uma grande monotonia, apenas em alguns momentos existe o apoio das equipes, mais fora isso é você e a sua cabeça.
E é exatamente nessa hora que o corpo começa a sentir e a dar sinais de cansaço e fraqueza e com esse estado de cansaço e fraqueza eu chego no 30K com 3:18 horas e penso, falta apenas 12K, eu acredito que dá para chegar no tempo previsto e lá fui eu.
Mais devido as enormes câimbras que eu senti na prova do ano passado eu estava com receio que as mesmas aparecessem e em muitos para que isso não acontecesse comecei a andar em alguns momentos da prova para que eu pudesse respirar e aliviar a musculatura da perna, eu andava de forma rápida, mais estava andando.
No 36K as temíveis câimbras começam a querer aparecer no joelho direito e na coxa esquerda, paro de correr e caminho e vou nesse ritmo, quando sentia alivio na musculatura e corria e quando sentia que ela iria começar a se contrai, eu caminhava.
Nessa altura eu já estava no 38K com o meu relógio marcando 4:23 horas, e pensei imaginei que ainda dava para terminar no tempo previsto, afinal era só 4K que faltava, mais aí as pernas não quiseram me ajudar e as ameaças de câimbras se tornaram constantes, não chegava a vir com uma intensidade forte, mais elas se faziam presentes para que eu não esquecesse que se tentasse ir mais forte, elas iriam chegar para valer.
Nesse momento sinto que a minha previsão não será cumprida, mais ainda tenho que dar o orgulho da minha filha me ver chegando no final correndo e chego no 41K, nessa hora recebo o apoio de um membro da minha equipe, a Playteam , o Miro veio me buscar nessa altura do percurso e me disse que tinha vindo me buscar por um pedido da minha filha, nesse momento as pernas parecem que resolveram me ajudar e segui firme para concluir a prova, a pouco mais de 500 metros da chegada vejo a minha esposa e a minha filhas, elas tentam correr comigo mais a minha filha não agüenta, foi muito emoção para mim e com esse sentimento grande de orgulho para a minha família eu fecho a prova com 5:04:58, não foi o tempo que eu pretendia, mais ainda sim foi melhor que o tempo do ano passado e principalmente, acabei sem câimbras e de certa forma bem.
Depois foi só respirar fundo, receber a minha medalha e dar um grande abraço e muitos beijos na minha esposa e na minha filha.
Como disse pessoal, a gente parte para uma prova com certas expectativas, mais as vezes somos traídos por certos acontecimentos, mais ainda sim fico muito feliz com a minha prova e ainda mais por ter conseguido chegar até a linha de chegada, afinal como a temperatura durante a prova esteve entre 22 e 23 graus, muitos foram os atletas que ficaram pelo caminho com câimbras ou por problemas dos mais diversos, sendo assim fico feliz com a minha participação nessa 15ª Maratona Internacional de São Paulo e quero agradecer a todos as pessoas que me desejaram uma boa prova, agradeço de coração a todos.
Abaixo segue algumas fotos:
Fazendo o possível para buscar concentração no percurso
3 comentários:
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Renato boa tarde, deixo registrado aqui os meus PARABÉNS por vc ter concluído a duríssima Maratona de Sp, alguns amigos meus daqui do Rio, disseram que num determinado percurso estava ventando contra os corredores.
Bom vc mesmo disse que o tempo de 5h e 4min não foi sua expectativa, eu sempre falo para os corredores amadores que o mais importante numa prova é vc correr e chegar inteiro e vc soube administrar o percurso bem, ainda mais com as cãimbras que apareceram...Não esquente com o tempo final, creio eu que com o tempo vc treinando mais, com certeza vc abaixará esse tempo em maratonas, faço votos por isso...PARABÉNS!!!
Um abraço,
Jorge Cerqueira
www.jmaratona.blogspot.com
Esqueci de dizer na msg anterior, muito bom o apoio de sua familia na chegada e por sua filha ter pedido ao amigo Miro para lhe dar uma força na sua chegada.
Um abraço,
JORGE
Parabéns.... Eu também sei o que é se preparar para uma prova e na hora h ter algum tipo de problema. Isso nos deixa frustrados e tristes, mas você consegiu correr uma MARATONA!!!!!! Isso é muita coisa, não importa o tempo ou se você andou...
Um grande abraço,
Thais
www.clubedecorridaabodytech.blogspot.com
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